Blog
O que é o modelo zero trust? Saiba como adotá-lo

O que é o modelo zero trust? Saiba como adotá-lo


Blindar a rede e nuvem da empresa é fundamental para mantê-la protegida contra a ação de agentes exteriores mal-intencionados. Porém, as estratégias populares de segurança de TI, como a adoção de Firewalls e VPNs, não são mais suficientes para evitar ataques cibernéticos. Foi pensando nisso que surgiu o modelo zero trust, que tem como finalidade ampliar a proteção dos ativos armazenados em nuvem.

À medida que o número de usuários conectados à nuvem aumenta, o serviço acaba ficando mais exposto e vulnerável. Com isso, os parâmetros tradicionais de segurança não conseguem barrar todas as ameaças que atacam o sistema. Neste post, você vai entender o que é e como adotar o modelo zero trust. Confira!

Afinal, o que é o modelo zero trust?

Traduzido do inglês para o português, o termo ‘’zero trust’’ significa ‘’confiança zero’’. Trata-se de uma estrutura de segurança que reforça a empresa. Isso ocorre por meio da remoção da confiança implícita e estabelecimento da autenticação estrita de usuário, o que também se estende aos dispositivos conectados à rede.

Esse modelo parte do princípio de que a maioria das vulnerabilidades surgem quando a companhia deposita demasiada confiança tanto nos seus colaboradores quanto nos dispositivos. Para isso, a ferramenta de nenhum usuário, independentemente de estar autorizado a se conectar à rede, deve ser visto como plenamente confiável, haja vista que eles podem apresentar algum comprometimento, sem ao menos saber disso.

A implementação do modelo implica na identidade e autenticação de todos os dispositivos utilizados na rede, não só daqueles que estão dentro do perímetro coberto pela empresa. A partir da limitação de quais áreas da companhia podem acessar arquivos e dados privilegiados de cada segmento da rede, é possível diminuir consideravelmente as brechas para invasão de hackers.

Qual é a origem desse modelo?

A primeira pessoa a usar o termo zero trust foi o analista John Kindervag (atual CTO de Campo da Palo Alto Networks), no ano de 2010, quando ele era analista e pesquisador da Forrester Research. Não demorou muito para que grandes empresas que fornecem serviços em nuvem, como Google e Cisco, adotassem o modelo. Conforme o surgimento de novas aplicações de nuvem, o uso da estrutura conquistou mais espaço no mercado tecnológico.

O uso de aplicativos, como Shopify, Service Now, Salesforce, DocuSign, Atlassian, Workday, Box e Slack se tornaram imprescindíveis para as companhias que executam as suas atividades online, já que contribuem positivamente para a produtividade dos colaboradores, além de serem escaláveis e não exigirem capital inicial.

Apesar dos seus benefícios, essas aplicações também trouxeram prejuízos para o modelo de segurança tradicional baseado no parâmetro corporativo, pois ela não consegue suportar os acessos remotos dos aplicativos. No período da pandemia da Covid-19, o problema se tornou ainda maior, visto que as pessoas tiveram que trabalhar de casa, o que aumentou os riscos da rede.

Como adotar o modelo zero trust?

A implementação do modelo zero trust permite que o seu negócio inove, porém a agilidade pode ser comprometida, uma vez que o zero trust possui segurança extra para autenticar usuários e validar as atividades dentro de um ambiente controlado.

O conceito zero trust pode ser administrado por API ou integração com SIEM e ferramentas que automatizam o fluxo de trabalho.

Isole a infraestrutura da rede da internet pública

Deixar as aplicações internas e infraestrutura para acesso à internet expostas aumentam as chances de ataques DDoS e de outros ciberataques. Assim sendo, o primeiro passo é isolar a arquitetura de aplicações, bem como os canais de acesso à internet pública para que não possam ser visualizados por hackers.

Ative o WAF para proteger as aplicações corporativas

Em muitos casos, os agentes mal-intencionados utilizam a engenharia social, como redes sociais e e-mails, para jogar ‘’iscas’’ e induzir os usuários a clicar em links com vírus. Abrir um desses links é o suficiente para infectar a máquina e colocar a rede em risco.

Para manter essas ameaças longe, é fundamental ativar o Web Application Firewall (WAF), que é capaz de blindar os dados e aplicações internas diante de ataques de injeção de SQL, falsificações de solicitação de um site para o outro e de arquivos corrompidos.

Coloque regras de autenticação antes de fornecer acesso

Geralmente, as plataformas concedem acesso assim que o usuário insere a senha correta, sem checar a sua identidade. Todavia, credenciais fracas trazem vulnerabilidade para a rede. Antes de liberar o acesso à rede, é indicado solicitar autenticação multifator, que acrescenta uma taxa extra de verificação e segurança.

Em meio a tantas ameaças cibernéticas e a frequente necessidade de inserir novas aplicações na sua rede, adotar o modelo zero trust fortalece a segurança da sua empresa, permitindo que os colaboradores possam executar as suas atividades, de qualquer lugar, sem colocar a rede e dados do negócio em risco.

Agir com antecedência ajuda a eliminar ameaças digitais antes que se propaguem e causem danos.


Data de publicação:

29/09/2021

Compartilhar:

Confira também:

A Deep Web: abaixo da ponta do Iceberg
Cibersegurança

A Deep Web: abaixo da ponta do Iceberg

Leia mais

Os 4 benefícios da redundância de links
Redes

Os 4 benefícios da redundância de links

Leia mais

Minimize os impactos de um ataque DDoS de maneira emergencial
eBooks

Minimize os impactos de um ataque DDoS de maneira emergencial

Leia mais

Fale com
um Especialista

Envie o seu contato para que um dos nossos especialistas possam te retornar via e-mail. Os campos marcados com “*” são de preenchimento obrigatório.