Um dos piores problemas que podem afetar a confiabilidade da sua infraestrutura de TI e a imagem da sua empresa são os ciberataques. Eles são responsáveis por prejuízos em todo o planeta e, graças à transformação digital, estão se tornando muito comuns. Portanto, ter uma política de proteção de dados abrangente é fundamental para qualquer negócio que dependa da TI no seu dia a dia.
Para te ajudar a lidar com os desafios que envolvem a proteção contra ciberataques, preparamos 10 dicas para evitar ciberataques!
1. Atualize os equipamentos
A atualização de equipamentos e sistemas muitas vezes é vista apenas como uma maneira de ter acesso a novas funcionalidades. Mas ela também é aplicada para reduzir riscos de segurança. A vasta maioria dos fornecedores de softwares e dispositivos, aliás, tem uma política de atualizações que envolve correções de bugs de segurança.
Portanto, para evitar que o negócio fique exposto a falhas de segurança, a empresa deve manter uma política focada em identificar, testar, validar e implementar com rapidez novas versões de sistemas. Isso dará um ganho de confiança contínuo para a sua infraestrutura: sempre que um novo update for aplicado, o usuário ficará menos exposto a ciberataques que exploram falhas conhecidas.
2. Tenha cuidado redobrado com equipamentos pessoais
É preciso atenção redobrada para os equipamentos de uso próprio dos funcionários. Algumas empresas estão optando por seguir a tendência do “Bring your own device” (BYOD) ou “traga seu próprio dispositivo”.
Nesse caso, como a empresa não fornece o equipamento para o funcionário, o gerenciamento da segurança também acaba não sendo de responsabilidade dela, aumentando a vulnerabilidade aos ciberataques/cibercrimes. Esse é um dos grandes desafios de segurança nas redes corporativas de empresas que adotam esta prática.
3. Configure adequadamente os serviços
A configuração dos serviços de forma correta é importante para garantir a integridade da rede e impedir que usuários não-autorizados tenham acesso a estes serviços ou a outros sistemas. Dessa forma, o gestor de TI pode garantir a usabilidade das ferramentas internas sem comprometer a privacidade da empresa.
Portanto, faça uma análise de todo o perfil operacional do negócio e como cada ferramenta é utilizada. Identifique aplicações e softwares que merecem mais atenção, como os que podem ser abusados para ampliação do tráfego, entre eles equipamentos de rede IoT com senhas de fábrica (admin:admin) e suscetíveis à malwares – e as configurações recomendadas. Isso permite a adoção de uma configuração mais robusta, alinhada com as demandas existentes e capaz de reduzir alguns riscos.
Qualquer equipamento conectado à rede merece atenção no que diz respeito a autenticação e controle de acesso para impedir que usuários mal-intencionados pratiquem intrusão nestes devices vulneráveis e os utilizem para prática de ataques de negação de serviço, por exemplo.
4. Tenha uma política de privilégios para cada grupo de usuários
Conforme a empresa cresce, uma das melhores formas de evitar a intrusão de usuários não-autorizados e, por consequência, dificultar as tentativas de ataques, e fazer o controle de acessos é criando uma política de restrição de privilégios para cada grupo de usuários. Há um grande número de ataques que só são efetivos com a interação do usuário. Como quando um atacante tenta se passar por um usuário legítimo para obter informações privilegiadas de um determinado setor. Nesse contexto, garantir que cada usuário tenha uma credencial é importante.
Portanto, sempre molde grupos de usuários conforme as demandas dos setores. Reduza, em outras palavras, o acesso a arquivos e sistemas apenas àquilo que é realmente necessário para cada área. Dessa maneira, a empresa pode evitar que uma conta comprometida tenha acesso a arquivos valiosos ou que possa comprometer grande parte da infraestrutura da companhia.
5. Monitore o acesso à rede
O monitoramento de logs de uso de sistemas é uma medida simples, mas que pode gerar grande impacto na capacidade da empresa de detectar algum comportamento anormal. Essa prática também é útil para os gestores que buscam meios de otimizar as configurações da infraestrutura. Afinal, ela dá mais conhecimento sobre o perfil da infraestrutura e como os comportamentos de cada pessoa afetam a sua confiabilidade.
O uso de sistemas como IDS (Intrusion Detection System) e IPS (Intrusion Prevention System) também ajudam a detectar atividades suspeitas, sendo aliados na hora de identificar outras atividades suspeitas que os logs não conseguem.
Com essas medidas, o gestor terá, como consequência, mais controle sobre o tráfego: cada medida será feita tendo como base o modo como os ativos de TI são utilizados e quais acessos foram feitos de forma irregular, por exemplo.
6. Verifique o tráfego da infraestrutura de rede
O tráfego da rede deve ser monitorado continuamente, pois vulnerabilidades podem ser exploradas tanto para sobrecarregar ou indisponibilizar a capacidade computacional como para saturar a banda. Essas são as características dos ataques DDoS, que estão sendo amplamente disseminados nos dias de hoje.
O monitoramento do tráfego da rede pode ser feito com o apoio de ferramentas como SNMP e NetFlow, além do firewall para inspecionar os pacotes. Para ter uma rede mais segura, é fundamental permanecer atento e vigilante à ataques que possam afetar tanto as camadas 3 e 4 (de rede e transporte, respectivamente) até a camada 7 (aplicação).
7. Habilite o filtro antispoofing
A empresa também pode investir em um filtro antispoofing. Essa solução identifica pacotes maliciosos e os impede de entrar na rede interna. Desse modo, ataques que envolvem a manipulação de pacotes de dados são evitados.
Os melhores mecanismos para proteger o negócio contra esse tipo de ataque são os de egress filtering. Com eles, a empresa mitiga os riscos de um ataque desse tipo ocorrer com muito mais precisão.
8. Crie uma política de segurança de dados
Todas as medidas listadas acima devem ser parte de um grande documento elaborado pelo negócio para orientar os profissionais de TI e os usuários. A chamada política de segurança de dados é fundamental para dar ao time de TI um melhor foco nas suas ações. Além disso, ela facilita a formulação de políticas de proteção mais eficientes e alinhadas com as demandas da empresa.
A política de segurança de dados deve conter medidas como:
- regras de uso de equipamentos pessoais dentro da empresa;
- mecanismos de prevenção de riscos, como políticas de backup;
- boas práticas que devem ser seguidas pelos usuários (como o uso de senhas fortes, criptografadas e segundo fator de autenticação);
- investimentos que precisam ser realizados para garantir a segurança dos dados e de rede;
- mecanismos para medir o impacto das decisões tomadas pela empresa;
- regras de controle de acesso a sistemas e aplicações;
- o modo como os dados devem ser tratados;
- medidas voltadas para prevenir, identificar e reduzir riscos.
9. Tenha pessoal treinado para tratar incidentes de segurança
É ideal que além de ter políticas focadas na segurança de dados, o time de cibersegurança tenha profissionais capacitados para agir com rapidez, eficiência e alinhado ao perfil da empresa. Outra questão fundamental é que a organização tenha uma cultura focada na segurança. A educação é o melhor caminho.
Portanto, sempre faça treinamentos para orientar as equipes. Garanta, também, que os usuários saibam que práticas podem ser feitas para reduzir brechas e vulnerabilidades. Assim, as chances de alguém se tornar o vetor e/ou alvo de um ataque serão muito menores.
10. Esteja atento a tendências de ataques e novas vulnerabilidades
As ameaças que podem levar a ciberataques mudam continuamente. Por isso a empresa precisa estar alinhada com as tendências da área. Essa é uma medida simples, mas que tem um grande impacto na confiabilidade da TI.
Então, não deixe de acompanhar as tendências do setor. Mude rotinas e repense processos a partir das ameaças que surgem. Desse modo, a empresa sempre estará mais preparada para lidar com ciberataques.
Como vimos, existem diferentes maneiras de se proteger contra incidentes. A empresa deve adotar uma postura preventiva e ter procedimentos que ajudem a agir rápido e com menos impactos possíveis. Além disso, sempre deve buscar apoio especializado.
A preocupação com cibersegurança é algo que precisa estar na pauta dos profissionais de TI, pois o custo para remediar o prejuízo é bem maior do que investir na prevenção. Portanto, não deixe de investir na área e, assim, manter a sua empresa competitiva e confiável do ponto de vista da segurança.
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