
IPv6: seus fornecedores o suportam? Evite perda de performance
A versão mais atual do protocolo de internet (IP) é o IPv6, que é responsável por endereçar e encaminhar os pacotes que trafegam pela rede mundial de computadores. Essa tecnologia veio para ampliar a capacidade de identificação numérica dos dispositivos conectados por meio de seu antecessor, o IPv4, esgotado na América Latina em julho de 2014, diante do constante crescimento da internet.
As empresas que surgiram a partir de então ficaram sem a capacidade de identificar de maneira numérica e individual seus dispositivos conectados à rede, criando grandes desafios de conectividade e também para a segurança da informação.
Para combater o problema, a solução adotada pelos provedores de acesso à internet foi compartilhar o uso dos endereços IPv4 já registrados. Entretanto, a alternativa correta teria sido a adoção do IPv6, que é a nova versão e possui uma capacidade muito superior ao seu antecessor, sendo considerada praticamente inesgotável.
Essa medida dá a oportunidade de as empresas resolverem a situação de uma forma paliativa, postergando o que deve ser realmente feito. Podemos comparar com o caso dos novos padrões de tomadas, em que muitas pessoas ainda apresentam resistência à migração, acreditando ser algo desnecessário. Dessa forma, preferem utilizar adaptadores para conectar novos dispositivos aos modelos antigos de tomadas, até o momento em que todos os aparelhos fabricados chegarão ao mercado com o plug de três pinos. Na web, as empresas que ainda não adotaram o IPv6 para não precisarem lidar com essa nova tecnologia estão remediando uma situação inevitável, com o agravante de sujeitarem suas operações a problemas técnicos.
Um dos impactos que a não adoção da nova versão pode causar às empresas é a perda de performance. Como as duas versões não são capazes de conversar entre si, e os novos dispositivos de Internet das Coisas (IoT – Internet of Things, em inglês) já possuem o novo padrão, é preciso que mais equipamentos e tecnologias sejam utilizados para efetuar a tradução dos endereços. Durante esse processo, pode ocorrer uma sobrecarga com o congestionamento de usuários e dispositivos simultâneos.
O maior problema em não migrar e adotar o uso do IPv6 é a falta de compatibilidade com o IPv4. Quem não o adotar, ficará fora do futuro da internet. Além disso, o surgimento da IoT multiplica o volume de aparelhos conectados à rede e a melhor maneira de identificá-los é através do IPv6. Outro ponto sensível é que a não adoção da nova versão e o compartilhamento de IPs da versão anterior dificultam a investigação de crimes digitais, pois a responsabilidade dessas ações não é de fácil identificação e localização, já que os provedores compartilham o uso dos endereços IPv4 já registrados.
Nesse cenário, é fundamental que os profissionais de TI se certifiquem que ao contratar qualquer serviço ou produto, estes já suportem o IPv6. Caso contrário, é necessário exigir um calendário de implementação da versão mais atualizada, evitando que a aquisição seja frustrada pela falta de adequação ou de programação para a implementação.
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