Um ataque cibernético ocorre quando indivíduos mal-intencionados invadem sistemas com o objetivo de comprometer redes, sequestrar dados ou simplesmente paralisar operações. Dentre os diversos tipos de crimes digitais, os ataques DDoS — Distributed Denial of Service ou negação de serviço distribuída — estão entre os mais comuns e destrutivos.
Capazes de derrubar páginas da internet, impedir o acesso de usuários e até suspender totalmente a operação de empresas, esses ataques exigem atenção constante e estratégias de proteção robustas.
Neste artigo, você vai entender por que os ataques cibernéticos estão crescendo no Brasil, como os ataques DDoS funcionam e quais setores são os mais atingidos. Confira!
O que são ataques DDoS?
Os ataques DDoS têm como objetivo sobrecarregar um servidor, serviço ou rede, tornando-os temporariamente indisponíveis para os usuários legítimos. Isso acontece por meio do envio massivo de requisições simultâneas, vindo de centenas ou até milhares de dispositivos espalhados pelo mundo.
Esses dispositivos formam o que chamamos de botnet, uma rede de máquinas infectadas por malwares, controladas remotamente por cibercriminosos. Quando ativadas, essas máquinas disparam uma quantidade enorme de tráfego contra o alvo, esgotando sua capacidade de resposta.
Hoje, com o crescimento da internet das coisas (IoT), roteadores mal configurados e dispositivos conectados sem proteção têm sido frequentemente explorados para compor essas botnets, tornando os ataques ainda mais difíceis de rastrear e conter.
Crescimento dos ataques cibernéticos no Brasil
O Brasil tem sido um dos países mais visados em crimes cibernéticos nos últimos anos. Segundo o Relatório de Cibersegurança 2023 da Check Point, o país ficou entre os cinco com maior volume de ataques semanais na América Latina, com uma média de 1.582 ataques por organização, por semana, um crescimento de mais de 30% em relação a 2022.
A crescente digitalização de serviços, o uso massivo da nuvem e a infraestrutura crítica conectada à internet aumentaram a superfície de ataque. Isso faz com que provedores de internet, operadoras de telecom e instituições financeiras estejam entre os principais alvos de ataques DDoS no Brasil.
Quem são os alvos mais frequentes?
De acordo com dados recentes da UPX e outras fontes do setor, os segmentos mais atingidos por ataques DDoS em 2023 foram:
- Telecomunicações: 61% dos ataques detectados;
- ISPs (Provedores de Internet): 35%;
- Instituições financeiras e data centers: 4%.
Esse padrão reflete o interesse dos atacantes em interromper serviços com alta dependência de conectividade e presença online contínua.
Além disso, houve um aumento significativo de ataques com duração prolongada (superiores a 1 hora), que exigem técnicas de mitigação mais complexas. Em muitos casos, os ataques são usados como distração para ações mais sofisticadas, como invasões de rede e roubo de dados.
A escalada do tráfego e a relação com os ataques
Em julho de 2023, o IX.br, principal ponto de troca de tráfego na internet brasileira, atingiu um recorde histórico de 31 Tbps de pico de troca de tráfego nas 36 localidades onde opera. Esse aumento reflete não apenas a maior demanda por serviços digitais no país, mas também indica o desafio crescente de identificar picos anômalos de tráfego, muitas vezes associados a ataques DDoS volumétricos. O crescimento no volume de dados legítimos torna mais difícil detectar e mitigar ataques disfarçados dentro do fluxo normal de rede, exigindo soluções mais inteligentes e proativas de proteção.
Quais são os prejuízos causados por ataques DDoS?
Os prejuízos podem ser imensos, desde a indisponibilidade de serviços, que prejudica o relacionamento com clientes, até impactos financeiros diretos e reputacionais.
Veja alguns dos principais danos causados por ataques DDoS:
- Interrupção total ou parcial de sistemas e aplicações;
- Perda de vendas e oportunidades de negócio;
- Custos extras com recuperação e resposta ao incidente;
- Danos à imagem e à confiança do público;
- Vulnerabilidade a ataques secundários (como ransomware ou vazamento de dados).
Como se proteger de ataques DDoS?
A boa notícia é que existem estratégias eficazes para mitigar e prevenir ataques DDoS, mesmo diante da sofisticação atual dessas ameaças. Algumas boas práticas incluem:
- Monitoramento contínuo de tráfego, para detectar padrões anômalos;
- Uso de firewalls e sistemas de mitigação dedicados;
- Implementação de soluções baseadas em nuvem que oferecem escalabilidade durante picos de ataque;
- Contratação de parceiros especializados em segurança e proteção contra DDoS;
- Elaboração de um plano de resposta a incidentes, com equipes preparadas para agir rapidamente.
Conclusão
O cenário dos ataques DDoS no Brasil exige atenção redobrada. Com o aumento do volume e da complexidade dessas ameaças, empresas de todos os portes devem investir em prevenção, monitoramento e mitigação em tempo real.
Com uma estratégia robusta de segurança e o suporte de especialistas no assunto, é possível reduzir significativamente o impacto de um ataque e manter a continuidade dos seus serviços mesmo sob pressão.
A UPX atua na proteção contra ameaças digitais, oferecendo uma solução de mitigação DDoS com alta performance e visibilidade em tempo real — ajudando empresas a proteger sua presença online com inteligência, agilidade e confiança.